E assim era a minha rotina, perturbar a vida da Chica. Todos os dias a mesma coisa. Motivos para ir à casa da Chica eu tinha de sobra, minha mãe sendo uma cliente de primeira, sempre tinha de 10 a 20 cortes de tecidos na fila, esperando a vez para se transformar em modelos da moda nas mãos da Chica.
Era chegar da escola, almoçar, fazer a lição de casa e pé na estrada para ir à casa da Chica, que ficava a dois quarteirões da casa da minha mãe.
Chegava, como quem não quer nada, dava uma olhada naquela mesa enorme procurando os tecidos da minha mãe, esperava a Chica sentar para costurar, colocava uma cadeira bem em frente a maquina de costura e meus olhos navegavam vendo aquela minha heroína, pedalando a máquina e os tecidos se transformando em lindos vestidos, iguaizinhos aos das revistas.
- Chica! Posso pegar um café prá você?
Era minha maneira de preparar o campo para o meu interrogatório:
Muitas vezes ela estava de mau humor, daí eu dava meia volta e voltava prá casa.
Mas quando o campo estava favorável a ladainha começava:
- Chica, você está fazendo o quê?
- O vestido da filha de...(não sei quem, não lembro)
- Como é o nome dela?
- Quantos anos ela tem?
- Você já fez vestido prá ela?
- Ela é gorda ou magra?
- Ela tem irmâ?
- Você também já costurou prá irmã dela?
A Chica se levantava para ir até a cozinha tomar um café e fumar o seu cigarro, e eu na minha inocência, não entendia que ela estava na verdade pedindo SOCORRO! Devia estar sufocada, só que eu não entendia nada!
- Chica! Você ainda vai costurar hoje?
- Que dia você vai fazer a roupa da minha mãe?
Muitas vezes, ela pegava a bolsa e falava que precisava sair prá comprar não sei o que...
Eu simplesmente pegava os retalhos que estavam sobrando por ali e voltava pra casa feliz da vida...
Era chegar da escola, almoçar, fazer a lição de casa e pé na estrada para ir à casa da Chica, que ficava a dois quarteirões da casa da minha mãe.
Chegava, como quem não quer nada, dava uma olhada naquela mesa enorme procurando os tecidos da minha mãe, esperava a Chica sentar para costurar, colocava uma cadeira bem em frente a maquina de costura e meus olhos navegavam vendo aquela minha heroína, pedalando a máquina e os tecidos se transformando em lindos vestidos, iguaizinhos aos das revistas.
- Chica! Posso pegar um café prá você?
Era minha maneira de preparar o campo para o meu interrogatório:
Muitas vezes ela estava de mau humor, daí eu dava meia volta e voltava prá casa.
Mas quando o campo estava favorável a ladainha começava:
- Chica, você está fazendo o quê?
- O vestido da filha de...(não sei quem, não lembro)
- Como é o nome dela?
- Quantos anos ela tem?
- Você já fez vestido prá ela?
- Ela é gorda ou magra?
- Ela tem irmâ?
- Você também já costurou prá irmã dela?
A Chica se levantava para ir até a cozinha tomar um café e fumar o seu cigarro, e eu na minha inocência, não entendia que ela estava na verdade pedindo SOCORRO! Devia estar sufocada, só que eu não entendia nada!
- Chica! Você ainda vai costurar hoje?
- Que dia você vai fazer a roupa da minha mãe?
Muitas vezes, ela pegava a bolsa e falava que precisava sair prá comprar não sei o que...
Eu simplesmente pegava os retalhos que estavam sobrando por ali e voltava pra casa feliz da vida...
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